Uma parte de mim sabe que eu não sou melhor que ninguém e muito menos que não tenho total entendimento do mundo. Sou ignorante em muitos assuntos, sou ignorante até mesmo no que diz respeito ao meu nascimento e à minha morte, afinal, de onde eu vim, para onde eu vou? Não sei, e esse é o mistério da vida, talvez o principal mistério que se carrega durante toda uma jornada. E com o tempo a gente se acostuma com a ideia da morte, só não consegue entender porque levam as pessoas que tanto amamos. Mas essa é a lei: nascer, viver e morrer. E como eu sempre digo: do pó viemos, ao pó retornaremos.
Nossos corpos são apenas uma matéria que vai se decompondo com o passar do tempo, e enquanto ainda estamos vivos. É a forma como nosso espírito se apresenta ao mundo superficial, é apenas a imagem que você enxerga quando se olha no espelho. E quem sabe se essa reflexão é real?
Como eu disse, não sou melhor que ninguém, não penso melhor e nem meus pensamentos são os certos. Aliás, existe certo e errado num mundo de tantas realidades?
No entanto, com os erros e, principalmente, com os acertos, eu aprendi. Aprendi que a gente pode até perder a cabeça por uma roupa caríssima na vitrine, mas que é possível realmente perder a sanidade quando algo que você achou que seria para sempre é tomado de você, sem delongas, nem avisos.
Aprendi que amigos de verdade são aqueles que nos apoiam de alguma forma, mesmo que distantes, e não os que sorriem para você no rolê, mas mal são capazes de perguntar com você está numa segunda-feira. E esses mesmos amigos são aqueles que precisam do mesmo apoio e conforto. E você só é amigo se fizer isso por eles também. Aliás, qualquer relacionamento funciona na base da moeda de troca para se manter sadio: você faz pela pessoa o que você faria por você mesmo, e, nem sempre, esperando algo em troca.
Aprendi que amar é um verbo totalmente subjetivo na prática. É possível amar e não demonstrar, amar e odiar ao mesmo tempo, e amar intensamente como se cada momento ao lado da pessoa fosse único. Tão único que jamais será superado por qualquer valor material, a não ser que não seja amor de verdade.
Aprendi também que muitas pessoas agem conforme são agradadas, e que dinheiro ou presentes tapam a boca, criam "laços fraternais" e que, o mundo num modo geral é movido assim. Muita gente riu do tal rei do camarote, chamaram ele de perdedor, que paga para ter "amigos", mas metade de quem criticou a vida do pobre coitado desejou possuir metade do dinheiro dele. Claro, para sambar na cara das recalcadas. ARGH!
É fácil apontar defeitos na porta ao lado, difícil é lutar e vencer diariamente todos os demônios que dominam a nossa mente a cada momento que algo que desejamos dá errado, ou quando somos contrariados. Difícil é ser feliz sem precisar ter bolos de dinheiro, difícil mesmo é viver sem cobiçar o alheio e ainda procurar soluções para que a sua vida se torne melhor a cada dia, sem ferir ou prejudicar ninguém.
Agregar valores não é ter uma lista extensa de "amigos" que mal sabem seu segundo nome, e nem milhares de seguidores nas redes sociais. Não é ter dinheiro para comprar o que quiser, sem pensar se haverá mistura na mesa no final do mês. Não é ter pencas de picas ou bucetas rastejando para ter um pedaço da sua carne. Não é nada disso, gente, por favor!
Agregue valores ao que vai além da etiqueta ou da conta bancária. Agregue sorrisos sinceros e amizades conquistadas naturalmente, por puro desejo. Agregue sentimentos positivos, agregue conquistas, agregue relacionamentos extensos e verdadeiros, agregue bons hábitos e boas ações, agregue amor. E chega dessa merda toda!
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