Eu poderia dizer que sinto falta de quando as coisas eram leves e despretensiosas. Mas nunca foram, pelo menos, hoje eu sei. Então, não posso me sentir nostálgica com algo que não vivi. Se a sua arma é a ironia, isso só me demonstra a necessidade de vestir uma máscara para esconder sua insegurança. Essa cosmética também se traveste de arrogância, na maioria das vezes. Tudo para justificar sua comodidade. A imagem de pessoa positiva e ultrasegura de si é o que não te deixa enxergar suas fraquezas e, portanto, resolvê-las. Não preciso de binóculos para vê-las, porque suas últimas atitudes têm as deixado evidentes. É difícil abandonar as próprias amarras pervertidas de proteção. É duro despir-se na frente de alguém, mas é mais complicado ainda despir-se na frente de um espelho, porque o reflexo, em conjunto com a mente traiçoeira, pode enganar.
A mente engana ou quer se deixar enganar? É uma escolha? Ou seria necessário abrir os olhos para ver além do que a própria imagem promove? O que serviria de ultrassom capaz de desafiar o próprio conforto que o reflexo possibilita?
Cansei de pensar, porque até meus óculos não têm resolvido minha miopia emocional.
Nada com você parece leve ou despretensioso. Não é uma crítica. Às vezes eu tenho a impressão de que não se trata de miopia emocional.. acho você teimosa. Como eu. Acho que você quer fazer todos os exames e não aceita um diagnóstico simples. Não para os outros e nunca para você mesma. Mas é diferente. Eu tipifico, você observa bem. Eu faço vista grossa, sua vista é clínica e fina. Se suas provocações não desmontam essa máscara e não provocam o auto-reflexo, amiga, euzinha concluo causa perdida.
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