Não precisava esperar um favor do universo para realizar o nosso encontro. Você vinha. E eu ia. Assim como nosso sorriso, que era fácil. Nossa alegria era compartilhada. E mútua. Que pena que acabou. E eu nem sei quando. Nem como. Talvez nem devesse ter rolado. Mas eu não me arrependo. Eu transcendo. Me usar de escudo para seus problemas familiares não poderia ser boa ideia. Agora eu romantizo, como se na pele não tivesse sentido. Porque pra mim é um exercício básico. Eu verbalizo. E, ainda bem, que não apenas internalizo. Mas foi difícil. Nossa balança era pesada. Com histórias entrelaçadas que não se conversavam. Só aconteceu por teimosia. Sua e minha. Não sei o que existia. O amor reinou um dia. Mas quando a rotina se petrificou e a ideia de futuro naufragou. Tudo acabou. Hoje eu sigo forte como um furacão e leve como uma pena. Não se sinta mal pela minha franqueza. Hoje sou solo, mas sou maior. Minha alegria é legítima. Vou dançando na vida, com um doce gosto pelo novo. Me sinto viva e acolhida por um invisível. Talvez seja por mim mesma. Que aprendeu a gostar de dançar sozinha.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
domingo, 11 de fevereiro de 2018
Quando o medo do fim nos une
Nunca fomos carne e unha.
Éramos braços sem pernas. Preto no branco. Dor e sorte. Lágrimas sem beijo. Óleo e água.
Dormíamos muito, sob sonhos desconexos. E nosso despertar assumia a triste forma da realidade. Vivíamos através da sombra do tempo, que nunca foi nosso amigo. Sem tréguas para um futuro longínquo.
Nem na dor nos encontramos. Os abraços vinham com os suplícios, mas perderam o dom de curar. Perdidos num espaço imaginário da sua mente. E assim, o que nos restou, foi apenas um gosto amargo.
Nós tornamos culpa e defesa. Confusão e tristeza. Delírio e fraqueza. Lamentos e desamor.
Que pena que te restou a ira. Em mim, ficou a esperança de alegria. E a dor.
Éramos braços sem pernas. Preto no branco. Dor e sorte. Lágrimas sem beijo. Óleo e água.
Dormíamos muito, sob sonhos desconexos. E nosso despertar assumia a triste forma da realidade. Vivíamos através da sombra do tempo, que nunca foi nosso amigo. Sem tréguas para um futuro longínquo.
Nem na dor nos encontramos. Os abraços vinham com os suplícios, mas perderam o dom de curar. Perdidos num espaço imaginário da sua mente. E assim, o que nos restou, foi apenas um gosto amargo.
Nós tornamos culpa e defesa. Confusão e tristeza. Delírio e fraqueza. Lamentos e desamor.
Que pena que te restou a ira. Em mim, ficou a esperança de alegria. E a dor.
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