Bob Marley - Every little thing is gona be all right
Acho que levei uma semana para perceber algo que o ano todo venho tentando compreender. Algo meu, extremamente íntimo, porém, essencialmente esclarecedor e que acredito valer para outras pessoas. Toda essa minha ansiedade oca faz parte de mim, infelizmente. E eu sofro com ela a minha vida inteira, e, por mais que eu não a transpareça abertamente, ela está aqui, enraizada e latente, e por vezes até grita. Eu queria me livrar desse mal, já busquei terapia, já fui encaminhada para psiquiatra, mas tudo o que eu menos quero é ficar dependente de remédios. Tá certo que eu uso de alguns artifícios nada saudáveis apenas para amenizar o problema, o que não é muito diferente de usar medicamentos, no entanto, o uso ocorre através do prazer, então, se preenche minhas necessidades de um modo ameno, por que não? No entanto, percebo, desta vez de maneira muito mais profunda e escancarada, que esses usos também são vazios e, que para combater de fato o problema, eu devo procurar por opções mais saudáveis, exatamente aquelas que eu tanto esqueço, mas que ficam martelando na minha mente. Opções como voltar a praticar yoga e meditação, parar de buscar na noite - quando digo noite me refiro às baladas - uma fuga para minhas dificuldades diárias ou uma maneira de me sentir viva, mas que não me supre mais, justamente por causa do vazio que resta no dia seguinte. Além disso, procurar em outros corpos algo que me falta, algo que desejo, mas que tenho preguiça e alguns impedimentos para começar a adquirir. E o que me falta é a calma. Eu não preciso buscar uma fonte de calmaria inesgotável, eu não preciso de um homem ou de amigos - e diversão constante - para arcar com a minha ânsia por viver, eu preciso apenas me reencontrar, olhar para o meu interior e visualizar o pico do problema. E eu achei.
Percebo então que, neste ano de transformação e inúmeros aprendizados, a realidade foi-me confrontada diversas vezes, mas eu não enxerguei porque o meu ego me atrapalhou. Agora, eu me liberto aqui, de uma vez por todas, de meu ego para poder transcender nessa estrada que se chama vida. Vou buscar o que me faz bem, o que me soma, vou trabalhar com alguns pontos que não posso mudar de imediato, e vou me livrar do que me faz mal, seja com o tempo que ainda me houver, seja conforme a vida quiser.
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