O pau mole é aquele que dança num compasso ponderado.
Ele é descoordenado e não segue o ritmo da música.
Ele mede algumas involuntariedades do seu corpo,
Enquanto tenta controlá-las a qualquer custo.
Custo até à sua liberdade de movimentos.
Mas ele não se importa com elas ou com eles.
Ele só pensa em fazer seu pau enrijecer.
Duro, capaz de quebrar um tijolo e fazer chover tesouro.
Na inocente ilusão de sua inabalável masculinidade.
Para penetrar fundo e possuir a vaidade.
Dar algumas bombadas, breves e drásticas.
Como um maestro regendo a perfeita sinfonia.
Não importando a plateia, pois o palco é seu por excelência.
Ainda que esperando aplausos e pedidos de bis.
Ainda que esperando aplausos e pedidos de bis.
Ele goza, ri e geme - um gemido másculo.
Nos segundos mais importantes de sua existência.
Ele acorda e percebe, com decepção.
Para baixo, assim como está seu volume.
Caído, fraco e esquecido na pista de dança.
Aqui jaz o êxito de toda sua virilidade.
Pobre homem.
Escrito originalmente em outubro de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário