Que traiçoeira seria essa vida que coloca à prova a nossa existência com base apenas na realização através da imagem do outro. Existem tantas formas de viver e se relacionar, mas a nossa sociedade está adoecida com tanta distorção e confusão, que é capaz somente de frisar a sobrevivência por meio da inveja, da competição e da manutenção e enriquecimento da vaidade. E haja combustível pra alimentar tanta vaidade. Combustível esse que depende da alienação, abnegação e submissão de outrem. Onde o outro continua sendo visto como mercadoria, mesmo para aqueles que se dizem contra esse sistema. Qual foi o ponto perdido para que o egocentrismo dominasse as nossas relações? Onde nos encontramos quando achamos que o mundo nos deve o que merecemos? Quando estaremos completamente satisfeitos ou a satisfação é um conceito irreal? Não dá pra ser coletivo quando não sabemos dividir. Não dá pra ser justo quando não temos uma visão realista de nós mesmos. Mas até que ponto a mente perverte ou quer se deixar enganar? A quem realmente enganamos?
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