terça-feira, 6 de maio de 2014

Uma carta sobre a superestimada perfeição

Esses dias me disseram: "você é perfeita". Respondi, prontamente: "Não sou perfeita e, na verdade, eu não desejo ser". A perfeição é uma ilusão. Nada nessa vida é perfeito, nem as coisas, nem as pessoas, nem a natureza...

Eu não estou aqui, buscando a perfeição. Aliás, o que é perfeito? Acho que a perfeição possui significados extremamente subjetivos. E não, acredite, não estou afim de filosofar sobre isso. Não me sinto nenhum um pouco na obrigação de citar Rousseau ou Freud. Até porque, não faria sentido essa tal busca se fosse para acabar na ruína após o êxito, ou, como mencionei: encontrar a equivocada perfeição.

Não estaria dedicando o meu restante de vida à procura de equilíbrio se, ao mesmo tempo, apenas desejasse corpos perfeitos. Eu preciso de mais, muito mais e, no mesmo sentido, não quero comprometer minha alma em relacionamentos vazios, conversas sem fundamento e companhias que não me agregam nada de bom. Quero diálogo, quero corpos quentes, quero música boa, quero sensações únicas. Quero viver.

Não estou aqui, nessa vida, para suprir as carências afetivas de ninguém. Não quero superar expectativas de ninguém. Não desejo completar ninguém. Não sou a solução da solidão de ninguém. Não quero ser "perfeita" - independente do embasamento para essa constatação - para ninguém. E que fique claro, de uma vez por todas:

- Eu sou a protagonista da minha vida. Eu quero viver ao meu modo e sim, mesmo que você não tenha perguntado, eu estou feliz, muito feliz assim. E não preciso ser "perfeita" para isso. Muito obrigada.