sábado, 27 de agosto de 2016

Ótimo em negar

Eu poderia dizer que sinto falta de quando as coisas eram leves e despretensiosas. Mas nunca foram, pelo menos, hoje eu sei. Então, não posso me sentir nostálgica com algo que não vivi. Se a sua arma é a ironia, isso só me demonstra a necessidade de vestir uma máscara para esconder sua insegurança. Essa cosmética também se traveste de arrogância, na maioria das vezes. Tudo para justificar sua comodidade. A imagem de pessoa positiva e ultrasegura de si é o que não te deixa enxergar suas fraquezas e, portanto, resolvê-las. Não preciso de binóculos para vê-las, porque suas últimas atitudes têm as deixado evidentes. É difícil abandonar as próprias amarras pervertidas de proteção. É duro despir-se na frente de alguém, mas é mais complicado ainda despir-se na frente de um espelho, porque o reflexo, em conjunto com a mente traiçoeira, pode enganar.
A mente engana ou quer se deixar enganar? É uma escolha? Ou seria necessário abrir os olhos para ver além do que a própria imagem promove? O que serviria de ultrassom capaz de desafiar o próprio conforto que o reflexo possibilita?
Cansei de pensar, porque até meus óculos não têm resolvido minha miopia emocional.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Da morte, o renascimento

Por quanto tempo ainda iremos continuar nos enganando, achando que sabemos algo sobre a morte, que sabemos a real essência da vida? Quanto ainda é preciso sofrer, sentir, chorar e se anestesiar para finalmente conquistarmos algum ensinamento que nos preencha o vácuo que existe quando a vida se extingue? Da morte vem o renascimento? Essa teoria só cabe em metáforas sobre qualquer outro assunto que não seja a morte. A morte é dolorida, silenciosa e solitária. A vida, no entanto, pode ser diferente. Mas, qualquer caminho que seguirmos nos conduzirá ao mesmo destino: a morte. E por que se vive tão mal? Será que a forma como se vive também é questionada através de uma ótica completamente pessoal? Perder alguém dói, mas dói mais quando se sabe que poderia ter sido diferente. Meu luto tem sido penoso, porque pensar me esgota principalmente porque não encontro respostas. Nada irá confortar meus questionamentos, nada irá afagar minha memória, porque nada mais pode ser feito. E, nisso, não existe aceitação. Me dizem para parar de remoer, para "deixar ela ir", porque se não sua "alma" ficará presa na terra. Mas, EU NÃO ACREDITO NISSO! Como posso crer em algo que não faz sentido?

PS. Descanse em paz, agora, batian.