quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Desmotivação

O título me acompanha como um sobrenome. É o terceiro lugar que eu trabalho este ano e não consigo mais me enxergar motivada. Passam-se alguns meses, semanas, dias, e eu já tô querendo pedir arrêgo. Escrevo este parágrafo duvindo de mim mesma. Porque a vida toda ouvi que a gente tinha que valorizar o nosso trabalho, que uma atitude dessas (chegar atrasada, faltar, o contrário da proatividade) é coisa de gente que não precisa do emprego, principalmente da minha mãe, que depois que virou patroa esqueceu-se como é ser funcionária. Aliás, ela acha que é assim que deve ser, que a gente não pode ficar insatisfeito e buscar por oportunidades melhores, que não pode brigar por melhores condições de trabalho etc. Ela tem mudado o pensamento, mas ainda não entende porque pulo tanto de emprego em emprego. Eu tenho vários motivos - que cansei de explicar. A terapeuta disse que eu me afeto muito com o ambiente e pessoas. Verdade. Eu as odeio. Tá, foi exagero. Tem gente legal e gente cuzona em qualquer lugar. Depender de pessoas, especialmente no ambiente de trabalho, pra encontrar a própria satisfação nunca é um bom caminho. E é essa a minha questão. Eu amava a content e as pessoas, mas estava infeliz no trabalho. Eu odiava a mestiça porque o ambiente era um lixo e não gostava nenhum pouco do meu trabalho. Neste lugar, eu amei o dinheiro, mas não tenho mais paciência e nem alma pra vender pra fazer qualquer esforço em me enturmar pra continuar lá. Por: dinheiro. Não aguento mais buscar por: dinheiro. Já me fodi tanto com a falta dele e com o desemprego que talvez eu devesse agir conforme minha mãe e o Temer acham: não pense, trabalhe. Acontece que então nem tenho como começar porque meu trabalho envolve totalmente o pensar. Se não estou bem, não trabalho bem. Porque toda aquela lavagem cerebral que passei em achar algo positivo na propaganda morreu. Tô quase virando militante anti-publicidade de tanto argumento que encontrei. Vou fazer uma anti-campanha. Criar uma estratégia do caos. Fazer um brainstorm pra chegar na melhor ideia de desordem e algumas peças de anarquismo pra derrubar esse governo golpista e saquear a casa e as contas de quem tem mais de 2 milhões de propriedade e renda líquida. Tudo isso de forma conceitual, o slogan até pode ser: "Distribua seus bens ou renda-se". E o posicionamento: "O poder é nosso". Ah, isso seria um prazer, rs. Sonho de princesa, aliás, de pebleia.

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