sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Mulher odiável

Apaixonante ela transcende entre as praças e esquinas, com seu perfume sabor selvagem: cheiro de flor madura e fumaça de cigarro. E como uma ninja ela desaparece, sorrateira, travessa. Eles pensam que ela quer brincar, mas o que ela quer é se firmar, não mais se autoafirmar, dançar por entre as arestas da vida, que castiga. Sentir o mais sublime amor, banalizado pelos conceitos que o permeiam. Não se vive o amor conceitual, se faz o amor, se constrói o amor. Ela vai, samba, ri, mas chora, embaixo do edredom, vazio e frio. Na calada da noite, ela não se encontra mais, porque hoje ela é do dia. E nas ideologias da vida, ela se transforma em bruxa ou em fada, que enfeitiça e desgraça.

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