segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Desencontro

Se fosse uma festa, poderia ser no banheiro.
Se fosse numa casa lotada, de repente, no quarto de empregada.
Se fosse na boate repleta de seguranças, iriam para um motel.
Estavam com vergonha, afinal, não havia intimidade. Mas não se importam. 
Entram no quarto e começam a se beijar de novo. Reacendem o tesão.
Arrancam as roupas imediatamente. 
Bocas, línguas e mãos percorrem por ambos os corpos, que exalam diversos odores.
Ele pega a camisinha guardada há meses na carteira.
Vê se não tem ar e coloca no pênis.
Ele reclama que o preservativo é apertado. 
Mete sem parar e sem beijar. Tenta algumas posições, mas é rápido.
Ele goza. Ela finge.
Ele vira do lado e dorme. Ela acende um cigarro.
Ele acorda 1 hora depois com o pau já duro.
Ela havia pegado no sono há poucos minutos.
Ele tenta acordá-la com beijos no pescoço, enquanto esfrega o membro em suas nádegas.
Ela, como ainda estava um pouco excitada, resolve ceder.
Começam o vaivém de novo.
Ela goza primeiro.
Ele fica meia hora metendo sem conseguir nada.
Ela começa a ficar cansada.
Ele brocha.
Ela pensa que vai poder descansar, mas ele pega sua mão e coloca lá.
Ela então entende que deve masturbá-lo.
Ele começa a ficar cansado.
Ela não sabe fazer direito.
Ele pede para que ela espere um pouco.
Ela tenta reanimá-lo e desce com a boca.
Ele gosta e começa a subir.
Não adianta, ela fica encostando o dente.
Ele brocha de novo.
Ele pede para ela esperar novamente.
Ela então dorme.
Ele a espera adormecer e vai bater uma no banheiro.
Cada um vira de um lado da cama.
Despertam com um dos celulares tocando.
Ele tem que ir trabalhar de manhã cedo.
Ela checa o seu telefone também e vê seis ligações perdidas da mãe.
São 7 horas da manhã, dá tempo para uma rapidinha.
Ela quer outra vez. Ele também.
Se excitam rapidamente, mas sem se beijar por causa do hálito.
Ele coloca a última camisinha que tinha e reclama que não gosta.
Ela concorda.
Ele tenta colocar o pênis na vagina sem proteção.
Ela manda ele tirar e fica nervosa.
Ele pede desculpas.
Ela cede.
Eles começam novamente.
Ele goza. Ela finge.
Ele pede para racharem a conta. Ela diz que não tem dinheiro.
Ele passa no cartão dos pais e pergunta se o nome do motel não aparece na fatura.
A caixa responde que não. Sem problemas.
Ele a leva até sua casa.
Não trocam nenhuma palavra.
Ele pede seu número. Ela passa errado.
Ela desce do carro, e se despede com um aceno e meio sorriso.
Ele corresponde com uma piscadela.
Ele apaga o número dela da memória e pisa no acelerador.
Ela entra em casa, caminha até o quarto, pensando no que havia feito.
Depois de duas horas, consegue dormir.

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